quinta-feira, 2 de junho de 2016

Desenvolvimento e Mudanças no Estado Brasileiro

Unidade I - Da República Velha até o fim do Regime Militar

AD1
“(...) verificamos que mesmo com um legado de Ineficiência da administração burocrática, desequilíbrio das contas públicas, alta concentração de renda e  debilidade das instituições democráticas, o Brasil avançou bastante nesse quase um século de República.”   (p.49).   Explique,   tendo   por   base   o período estudado, o trecho em destaque.
O trecho em destaque sinaliza que o Brasil passou de um país predominantemente rural com economia monoexportadora, transformando-se numa economia plural e urbana.
            Durante a leitura do módulo, pode-se observar uma linha do tempo destacando o primeiro período: início da República Velha, chefiado pelo Marechal Deodoro da Fonseca, decretando a separação entre Estado e Igreja; Concedendo a nacionalização a todos os imigrantes residentes no Brasil; nomendo os governadores para as províncias; criando a bandeira nacional e banindo a família real do território brasileiro. Iniciam-se também discussões para elaboração da nova Constituição. O Estado também assumiu as rédeas da educação, instituindo várias escolas públicas de ensino fundamental e intermediário, principalmente nas cidades mais importantes do país. Já no segundo período: os governos da República Oligárquica e a Política dos governadores foram marcados pelo coronelismo e pelo período de modernização no campo da economia, com grande surto de industrialização.
            Com a revolução de 1930 e o fim da República Velha inicia-se a era Vargas, sendo marcado pela retomada da orientação nacionalista, com a criação da Petrobrás. No campo econômico, teve lugar um intenso movimento de industrialização e urbanização. No plano social, foi criado o Ministério da Justiça, assim como a Justiça do Trabalho, para atuar nas relações entre capital e o trabalho. No plano cultural, o governo criou instituições que atuaram no campo da educação formal, do teatro, da música, do livro, do rádio, do cinema, do patrimônio cultural, da imprensa, sendo em seu governo que surgiram as bases para a modernização econômica, política e administrativa do país. Independente das virtudes e defeitos pessoais e da ação política desenvolvida, sua passagem pelo comando do setor público brasileiro estabeleceu um verdadeiro divisor de tempo. O Brasil foi um antes de Vargas e passou a ser outro depois de Vargas.
            Com Juscelino Kubitschek  veio o Estado Desenvolvimentista, além do crescimento econômico, o governo JK promoveu uma forte mudança na estrutura produtiva do país, o lema do governo era “50 anos de progresso em 5 anos de realizações”. Implantou o Plano de metas, com 30 objetivos, abrangendo os setores de energia, transporte, indústria de base, alimentação e educação. A construção de Brasília foi um objetivo à parte, por decisão pessoal.
            Com o Regime Militar e as Reformas de Estado, através do primeiro presidente do regime militar o marechal Castello Branco, as reformas estruturais, permitiram ajustar as contas públicas, controlar o processo inflacionário, organizar o sistema financeiro, atrair a poupança interna e externa, condições necessárias para a expansão da economia nos governos de Costa e Silva e Médici, conhecido como o período do Milagre Econômico Brasileiro, tendo como base as reformas e ajustes do governo Castello Branco, além de uma política monetária e fiscal expansiva, prevendo a continuidade do combate a inflação, mas acompanhado de investimentos privados.
            No Governo Geisel, deu continuidade ao programa de desenvolvimento econômico, porém com aceno para o processo de distensão no campo político. Na área energética foram iniciados a prospecção de petróleo em águas marítimas profundas; o Programa Nuclear; o Pró-álcool e a construção de hidroelétricas, como Itaipu e Tucuruí. A fundação da Companhia Siderúrgica de Tubarão representou importante complemento para a produção da Companhia Siderúrgica Nacional. Geisel, ao promover sistematicamente e obsessivamente as indústrias pesadas, conseguiu que o Brasil completasse a fase difícil da industrialização. E, que escalas de produção são enormes e a densidade tecnológica é elevada.
            No Governo Figueiredo foi marcado pela abertura política e inicia-se o maior movimento de massas da história do país, o movimento das  “Diretas”.
           
Referências:  

LEITE JUNIOR, Alcides Domingues. Desenvolvimento e Mudanças no estado brasileiro. 2ª Ed. Reimp. Florianópolis: Departamento de Ciências da Administração/UFSC, 2012. 88p: il.



Tópico 2
Unidade II - Da Nova República até os dias atuais

AD2

“(...) no campo econômico e social vivenciamos: (...) Um plano econômico bem-sucedido, que acabou com a alta da inflação e estabilizou a economia do país.” Explique, tendo por base o período estudado, o trecho em destaque.




segunda-feira, 2 de maio de 2016

O PÚBLICO E O PRIVADO NA GESTÃO PÚBLICA




03. O Público e o Privado na Gestão Pública
Atividade I

Questão I- Identifique Três diferenças entre:

a)     setor público e setor privado;

1.    Salários;
2.    Contratações; e
3.    Produtividade.

b)     patrões e empregados;

1.    Profissionalismo;
2.    Atividade de produção ou circulação de bens ou serviços; e
3.    Fim Lucrativo

c) Estado e servidores públicos.

1.    Legislativa;
2.    Jurisdicional; e
3.    Administrativa.

Questão II - Explique as razões das diferenças encontradas no item anterior.

As diferenças entre o setor público e o setor privado são várias e, dentre elas, destaquei as 3 três que considero principais quais sejam: os salários pagos a quem recebe remuneração, a forma de contratação de funcionários e a produtividade do serviço.
A remuneração no setor privado não tem limite, varia apenas de acordo com o porte da empresa. Já no setor público existe um piso salarial, mas algumas instituições públicas têm em seu quadro salarial o chamado “plano de carreira”, o que aumenta a remuneração do servidor com passar dos anos em serviço ou com títulos adquiridos.
A forma de contratação no setor privado é livre e vão de acordo com a necessidade do serviço da empresa, bem como eventuais cortes no quadro de pessoal. Enquanto que no setor público os cargos são criados mediante lei, pagos de acordo com a determinação legal e, após o estágio probatório, o servidor adquire estabilidade só podendo ser afastado do cargo mediante aposentadoria ou pela condenação em crime funcional.
A produtividade no setor privado é aquela que visa lucro para a empresa. Já no setor privado a produtividade pode ser explicada como a finalidade do serviço público. O Estado, por meio dos seus servidores públicos presta os serviços que a coletividade necessita e o mesmo volta para o Estado com a satisfação da coletividade.
Com relação às diferenças entre patrões e empregados considerei o mesmo critério e cito como diferenças: profissionalismo, atividade de produção ou circulação de serviços e fim lucrativo.
Como característica de ser patrão terá de ser profissional e isto significa que o empresário atua com habitualidade, em nome próprio e com o domínio de informações, sobre o produto ou o serviço que está colocando no mercado. Isto é assumir o risco da atividade. Quando faz isto escolhe o ramo de atividade em que sua empresa trabalhará seja ela para a produção de coisas, circulação/venda de bens ou na prestação de serviços. Assim, o patrão chega ao que almeja: o lucro. O empregado trabalha para o patrão na atividade que este escolheu. Não assume risco e ao final recebe sua remuneração pelos seus serviços prestados.
Por fim, apresentei mais 3 diferenças, só que agora relacionadas ao servidor público e o Estado. E este realiza as funções legislativa, jurisdicional e administrativa.
Quando realiza a função legislativa, o Estado, mediante lei, regula relações, traçando o perfil dos direitos e deveres das pessoas e do próprio Estado, permanecendo a cima e a margem das mesmas. Esta função é direta, abstrata e tem aplicação geral. Quando realiza a função Jurisdicional objetiva compor conflitos de interesses entre as partes. Não inova o ordenamento jurídico, de função indireta, é inerte, em regra individual e concreta. Na função administrativa objetiva realizar concreta, direta e imediatamente os fins desejados pelo Estado, que são aqueles previstos em lei, ou seja, aqueles decorrentes da atividade administrativa.
Finalizando, o servidor público é a pessoa física que presta serviços, com vínculo empregatício ou estatutário, à Administração Pública direta, autarquia e fundações públicas. É por meio do servidor público que o Estado se faz presente, seja este agente uma alta autoridade ou alguém que exerça um cargo de menor importância e seus atos estão vinculados ao que a lei determinar.


Questão 3 -. Pesquise sobre ONGs: como elas operam e se realmente cumprem sua finalidade. De acordo com a Lei nº 8.987, de 13 de fevereiro de 1995, elas cumprem a função de bem público, isto é, servir aos interesses públicos?

            O termo ONG foi cunhado pela primeira vez em 1940, pela ONU, para designar as entidades, da sociedade, executoras de projetos humanitários ou de interesse público.
            A partir da década de 1990, teve-se o surgimento de instituições que possuíam uma característica particular, de denominarem-se “terceiro setor”, proclamando-se “cidadãs” e se apresentando como sem fins lucrativos, que têm a finalidade de dar complementar os serviços de ordem pública. 
            As organizações não governamentais (ONGs) defendem os direitos humanos e a proteção ambiental, promovem a liderança juvenil, combatem a violência contra mulheres e crianças, ajudam os pobres e muito mais. Montar uma ONG pode ser uma forma eficaz de promover mudanças. Sem os vícios políticos e burocráticos do Estado, sem a ganância das empresas, formado apenas por cidadãos comprometidos com uma causa e dispostos a trabalhar por uma sociedade mais justa.
            As ONGs são independentes do governo e do setor privado. Sua missão é promover o interesse público e atender ao bem público, em vez de obter lucros ou favorecer os interesses de um pequeno grupo de pessoas. Sua independência permite-lhes monitorar o desempenho do governo e reivindicar melhorias. As ONGs que são respeitadas pelo governo e pelo setor privado podem ajudar a mediar conflitos ou encontrar soluções para preocupações comuns. Por fim, sua independência do governo, de partidos políticos e de instituições religiosas permite-lhes criar uma visão compartilhada para a comunidade. As ONGs mobilizam voluntários e outros recursos para alcançar sua visão.
            Nas últimas décadas, as ONGs estiveram à frente de grandes movimentos sociais para melhorar a vida das pessoas, criando redes de segurança para populações pobres e vulneráveis. Independentemente da área ou escopo, todas as ONGs existem para melhorar a vida das pessoas e solucionar um problema social. A maioria das ONGs é fundada por pessoas apaixonadas por suas comunidades ou causas. No entanto, é preciso mais do que paixão para montar e administrar uma ONG. É preciso ter conhecimento, habilidades, recursos e estabelecer relações. Além disso, administrar uma ONG também requer tempo, planejamento, paciência e flexibilidade.

            Quando uma ONG é vista como legítima, o público acredita que ela satisfaça uma necessidade da sociedade e que seus membros colocam essa necessidade social acima de seus interesses pessoais. Uma ONG merece existir quando tem uma missão clara e importante focada em resolver questões críticas da comunidade ou satisfazer uma necessidade social. Porém, uma boa missão não é suficiente. Para ser legítima, uma ONG também deve ser bem administrada, além de ser eficiente.
            Uma ONG controlada por uma única pessoa não é vista como legítima. Se alguém administra uma organização com pouca participação ou supervisão de outras pessoas, corre-se o risco de essa pessoa promover seus interesses pessoais acima do interesse público. Sem a liderança ativa e o gerenciamento por parte de várias pessoas, não há pesos e contrapesos para evitar o mau uso ou o abuso dos recursos da ONG. Uma ONG precisa de uma ampla base de líderes que peçam a opinião de outras pessoas para verificar se sua organização atende ao interesse público.
               Visto que a ONG existe para o bem público, ela deve prestar contas ao público. Especificamente, isso significa ter responsabilidade perante as partes interessadas: financiadores, membros, parceiros, pessoas atendidas, comunidade onde atua e outras ONGs.
            Diferentes partes interessadas têm diferentes expectativas. Seus financiadores esperam que o dinheiro que investiram seja usado para o objetivo pretendido, seja bem gerenciado e aplicado para atingir os objetivos do projeto. As pessoas atendidas esperam ter suas necessidades atendidas e ser tratadas com respeito. Os parceiros esperam que você seja honesto e cumpra seus compromissos.
            A ONG é transparente quando fornece informações oportunas e precisas sobre suas atividades, finanças, políticas, decisões e seus procedimentos. Ao agir com transparência, cria oportunidades para saber como melhorar o trabalho.

Referências:   
COELHO, Ricardo Correa. O Público e o Privado na Gestão Pública. 2ª ed. Reimp. Florianópolis: Departamento de Ciências da Administração/UFSC, 2012.
SOUZA, Leandro Marins de, Parcerias entre Administração Pública e o Terceiro Setor: sistematização e regulação. 2010. 288f. Tese (Doutorado) – Faculdade de Direito, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2010. Disponível em www.teses.usp.br/teses/disponiveis/2/2134/tde.../TESE_FINAL.pdf
OLIVEIRA, Márcia Valério Germano de. Contorno Jurídico das Organizações Sociais. 2004. Universidade Federal do Mato Grosso do Sul. Disponível em: file:///F:/UFF/texto%20complementar/M%C3%81RCIA%20VAL%C3%89RIO%20GERMANO%20DE%20OLIVEIRA.pdf


Atividade II

Questão I- Relacione os poderes dos agentes públicos e pelo menos três princípios que regem a Administração Pública. Depois aponte duas razões das mudanças que se produzem entre o Estado e o setor privado nos últimos tempos.
            O princípio da legalidade é o que estabelece a supremacia da lei escrita, condição sem a qual não poderia existir o Estado, de acordo com esse princípio, toda ação estatal deverá, necessariamente, esta respaldada em leis, e esta por sua vez, tem de estar ancorada no texto constitucional. Além disso, a garantia de legalidade na ação do poder público depende do que está estabelecido  em leis, que devem ser elaboradas de acordo com as normas e técnicas legislativas consagradas pelo Direito.
            De acordo com o princípio da moralidade, exige-se dos Agentes Públicos probidade e honestidade de conduta, não só enquanto servidores, mas também enquanto cidadãos.
            E de acordo com princípio da impessoalidade os atos administrativos serão sempre impessoais em duplo sentido: no de quem age – que é o Estado e não a pessoas do agente e no do objetivo da ação – que é o interesse público e não o interesse das pessoas particulares atingidas pela ação estatal.
            Uma razão para as mudanças na relação do Estado com o setor privado foi a Lei 8666, de 21 de junho de 1993, que estabeleceu os princípios e normas gerais sobre licitações e contratos administrativos e a Lei 8987,de 13 de fevereiro d e1995, que disciplina a concessão e permissão de prestação de serviços públicos a agentes privados, e que fornece o quadro geral para as privatizações feitas durante o governo FHC.2.

Questão II – Considerando os conteúdos estudados nas duas Unidades desta disciplina, estabeleça as relações e existentes entre especificidade da esfera pública, tratadas na primeira Unidade, e os princípios que regem a Administração Pública, estudadas na segunda parte.
            A primeira unidade referiu-se muito bem a separação do poder público e do privado; as prerrogativas do poder público sobre os agentes privados; e o Estado e o servidor público. Todos esses capítulos nos fizeram compreender o funcionamento da máquina pública e como ela se diferencia do setor privado.A esfera pública é vista como um conjunto de órgãos instituídos para a concretização dos objetivos do governo, o qual possui as funções necessárias aos servidores públicos em geral e ainda desempenha atividades perenes e sistemáticas, legal e técnica dos servidores próprios do Estado ou por ele assumidos em benefício da coletividade. Com isso, o seu regime jurídico se caracteriza por prerrogativas e sujeições impostas à administração pública e fundamentadas na supremacia do interesse público sobre o privado e na indisponibilidade do interesse público. As especificidades da esfera pública estão diretamente ligadas aos seus princípios, pois são eles que orientam os gestores a como administrar o Estado de acordo como determina a norma legal.
            Na segunda unidade, tratou-se das prerrogativas do poder público sobre os agentes privados, ou seja, tratou-se das regras básicas que irão reger permanentemente as relações entre os agentes privados entre si e entre estes e o Estado numa determinada sociedade. Em paralelo ao princípio da legalidade, se destaca o poder de polícia, como mecanismo de controle que dispõe a administração pública para limitar direitos e liberdade individual, tendo em vista o interesse social.
            Estabelecendo uma relação entre os dois capítulos destaco a relação entre o Estado e o servidor. O Estado realiza as funções legislativa, jurisdicional e administrativa. Para que realize estas funções é necessário o servidor público que é a pessoa física que irá prestar serviços, com vínculo empregatício ou estatutário, à administração pública direta, autarquias e funções públicas. É por meio do servidor público que o Estado se faz presente e que pratica todos os atos previstos em lei, atentando-se quanto aos princípios  da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência. Os princípios jurídicos orientam a interpretação e a aplicação de outras normas. Sendo diretrizes do ordenamento jurídico, guias de interpretação, às quais a administração pública fica subordinada. Reforçando o conhecimento de que tudo vai depender da capacidade do gestor em seguir normas legais e seus princípios para conseguir realizar a função do Estado, que é de atender aos interesses públicos.

Questão III – No final do ano de 2000 nos deparamos com uma situação muito grave no Rio de Janeiro, que foi a guerra travada entre traficantes do Complexo do Alemão e os policiais. A Polícia do Rio de Janeiro teve muitos reforços, da polícia civil, polícia federal e, até das forças armadas. Vimos tanques de guerra entrar na comunidade e até hoje não sabemos afirmar quantos morreram nesse confronto. Alguns princípios do Direito Administrativo foram feridos? Se sim indique quais e explique o porquê, se não, explique sua opinião.
Em novembro de 2010, com a atuação das forças armadas e de segurança de âmbito estadual e federal, o governo carioca invadiu e estabeleceu residência em duas favelas do Complexo do Alemão, cidade do Rio de Janeiro, comunidades extremamente pobres e marginalizadas. O objetivo da operação foi a ocupação de áreas, dominadas a décadas por criminosos, em especial, traficantes de drogas e grupos paramilitares.
O Estado exerceu um conjunto de poderes sobre a sociedade civil, através do poder de polícia com a finalidade de conter abusos de indivíduos e grupos no exercício da sua liberdade negativa. Esse exercício se fundamenta na supremacia do Estado exercido sobre o conjunto da sociedade e justifica-se pelo interesse social. Com a finalidade da defesa do interesse público no seu sentido mais amplo. O poder de polícia deve ser exercido sobre todas as atividades particulares que afetam ou possam afetar os interesses coletivos, colocando em risco a segurança dos cidadãos ou a segurança nacional. Além disso, foram utilizados os atributos que lhe conferem efetividade, como: discricionariedade, autoexecutoriedade e coercibilidade.
Porém o princípio ferido foi o da publicidade. Porque faltou transparência nas publicações dos atos oficiais e em prestar conhecimento, ou seja, tornar público os dados quanto a operação em relação ao número de mortos no confronto.

Referências:   
COELHO, Ricardo Correa. O Público e o Privado na Gestão Pública. 2ª ed. Reimp. Florianópolis: Departamento de Ciências da Administração/UFSC, 2012.



sexta-feira, 1 de abril de 2016

Políticas Públicas - Gestão em Administração Pública - 2016

Tópico 1


Unidade I - Políticas Públicas: conceitos básicos

AD1

1)Analise as diferenças dos termos Politics e policy, exemplificando quando se pode aplicar cada um deles 
1)Analise as diferenças dos termos Politics e policy, exemplificando quando se pode aplicar cada um deles (valor-5pontos)
            No estudo do texto integra dois elementos a Politics, que são procedimentos e mecanismos pacíficos formais e informais, mas também a disposição para persuadir e para negociar, que se expressam mediante a atividade do sistema político para buscar soluções pacíficas para conflitos bem públicos e Policy, que compreendem o conjunto das decisões e ações, ou seja, o que se escolhe fazer e o que se faz, relativas a alocação imperativa de que se faz no poder da lei de valores diversos envolvendo bens públicos.

2)Defina as principais abordagens na análise de políticas públicas e analise as principais contribuições de cada uma delas. (valor-5pontos)
            A análise de Política é uma abordagem multidisciplinar. O estudo parte do trabalho de Dye (1981), que identifica os modelos, as vantagens e desvantagens de cada um deles.
            No modelo institucional que enfatiza e coloca no papel do Estado na produção das políticas públicas, pouca atenção é dada à ligação entre estrutura das instituições políticas e o conteúdo da política. Isso não significa que no modelo institucional sua estrutura seja incompleta ou insuficiente, o que pode afetar a formulação da política são padrões estruturados de indivíduos e grupos.
            No modelo da teoria do grupo é visto como processo de obtenção de equilíbrio entre os interesses de diferentes grupos, e a interação é o fato central. Os grupos são meio entre os indivíduos e governo, se move na direção desejada por quem tem mais influência, pelo tamanho da riqueza, pelo grau de organização e capacidade de liderança de cada grupo, pela coesão interna e pelo grau de acesso aos tomadores de decisão. Respondem às pressões de grupo barganhando, negociando e comprometendo-se no meio de demandas competitivas de grupo de influência – que por sua vez tentam formar coalizões majoritárias.
            O modelo elitista de preferências e valores de elites governamentais. Partem do princípio de que as pessoas são apáticas e mal informadas sobre políticas públicas e que são aas elites os agentes que moldam a opinião pública. A implicação é que as demandas não surgem das massas, mas dos interesses e valores das elites concordam sobre as regras do jogo, pois a estabilidade e a sobrevivência dependem do consenso e interesses delas.
            No modelo de política racional é o cumprimento eficiente de metas. Envolve cálculo dos valores sociais, políticos e econômicos sacrificados ou alcançados pela política pública. Assume que os resultados serão ótimos se o processo planejado for seguido. Contém uma série de limitações e uma delas é a sua reduzida capacidade de explicar a autonomia e o poder decisório dos  indivíduos no interior da organização.
            O modelo incrementalista – como meio de continuação de atividades governamentais passadas e que recebem apenas algumas modificações incrementais. Tacitamente concordam em dar continuidade às políticas existentes, que causem pouco deslocamento administrativo, organizacional, físico e econômico. Reconhece que raramente os seres humanos agem para maximizar todos os valores, e que agem com freqüência para satisfazer demandas específicas. É politicamente conveniente e os pontos se referem apenas ao aumento ou redução de orçamentos, ou modificações no programa.
            O modelo da teoria dos jogos – é vista co mo escola racional de atores em situação competitiva. É abstrato e dedutivo de policy Marking, não há descrição de como se tomam decisões, apenas os posicionamentos em circunstâncias competitivas.
            Modelo sistêmico – definida como respostas as forças geradas no ambiente. As reivindicações podem ser bens e serviços, como saúde, educação, estradas, transportes, segurança pública, normas de higiene e controle de produtos alimentícios, previdência social etc. Os apoios podem ser passivos ou ativos, afirmativos ou negativos. É visto como um composto de subsistemas, como: econômico, social e cultural. A critica ao modelo se traduz pela redução lógica dos processos, enfatiza a importância do processo central de conversão no interior do sistema político e ao fato de como os processos ocorrem dentro da caixa-preta, tendendo a dar aos conflitos a aparência de jogos. Tratando tanto da garantia quanto da mudança nas regras.

           
3) Representação e participação podem ser complementares? Analise apontando de que maneira os dois meios podem promover uma gestão pública mais eficiente e eficaz. (valor-5pontos)

            Representação e participação podem ser complementares e os termos estão muito em voga nos jornais e nos debates. A primeira idéia que as pessoas tem e que tem alguma coisa a vê com o governo, mas em primeiro lugar políticas publicas e se pensar o Estado e o governo em ação, ou seja, são todas as atividades que partem do estado  e a forma que isso é executado pelo governo. E nós podemos pensar nessa definição como uma definição mais política ou mais administrativa. A definição política e que Políticas Públicas envolve conflito de interesse, pensando na sociedade, composta por diversos grupos, seguimentos políticos e cada um com suas idéias, ideologias, visões de mundo e esses grupos estão há todos momento debatendo como é que o estado  e o governo devem agir. Definindo quem ganha, porque ganha, em que momento quem está ganhando, extremamente importante para o cidadão.
            Precisa diferenciar o que é a Política de Estado e a Política de Governo, a do Estado é que independendo do governo ou governante terá que ser feito, geralmente está presente dentro do aspecto de um aparato jurídico legal, por exemplo a constituição. Já a política de governo vai depender da alternância de poder, cada governo tem o seu projeto e durante aquele período, quatro anos de um mandato, sendo reeleito, oito anos, vai transformar aquelas idéias e políticas públicas que serão executadas ao longo de um tempo. Muitas vezes, a medida que possuem continuidade de um governo para outro, ela se transforma em política de estado.
            O conceito hoje de Política Pública hoje, não entendemos mais como público, como sinônimo de gestão governamental, o público e muito mais um sinônimo que vai do governo até a sociedade, passando por diversas organizações da sociedade civil. Sendo chamado também de terceiro setor e até mesmo o mercado. Então vai envolver o primeiro setor, que é o Estado e o Governo; o segundo setor, que é a iniciativa privada e o terceiro setor, que são as diversas organizações da sociedade civil, como as ONG’s, as entidades filantrópicas, associação de bairros, dentre outras organizações.
            Como nosso país tem uma tradição muito forte do sec. XX, autoritarismo, período da ditadura, modelo centralizador de Gestão Publica, a idéia que se tem é de que isso é uma coisa só do governo, que não precisa de participação popular, que já se elegeu os governantes e que agora esses vão tomar as suas decisões.
            Pelo contrário, a história que se constrói sobre políticas públicas e uma noção de construção com o coletivo, uma cooperação entre o Estado e a sociedade civil, ou seja, é muito menos uma idéia de gestão governamental e muito mais uma construção desse público por todos os atores, seja atores do Estado ou da sociedade civil.
           

4) Analise as etapas do ciclo de políticas públicas destacando a participação dos atores em cada uma delas. (valor-5pontos)
            O modelo do ciclo de política está associado ao modelo sistêmico, que faz sua abordagem em cima de divisões em etapas seqüenciais. A correta compreensão do ciclo é de grande valia para o gestor, pois fornece o entendimento correto do processo de políticas públicas para melhor reflexão e clareza dos dispositivos e os instrumentos que poderão ser melhorados, ou seja, agrupados formam o processo político e principalmente o comportamento dos diferentes atores envolvidos em cada etapa do processo de políticas.
            A fase de formação de agenda ocorre quando um problema político é reconhecido e fomenta discussão de um grupo de autoridades; a formação das alternativas ocorre quando os atores apresentam propostas para sua resolução, representando interesses aceitável para maior número de pessoas envolvidas, a tomada de decisão não quer dizer que todas as decisões foram tomadas, mas que se chegou ao núcleo da política que está sendo formulada. Quando é pouco conflituosa, o núcleo pode ser abrangente, decidido sobre aspectos diversos. Agora, quando são conflituosos, complexos, maior conhecimento de causa, a decisão tende a cobrir um número menor de aspectos.
            A implementação são decisões, operações e rotinas executivas das organizações envolvidas em uma política, onde deixam de ser decisões para se tornarem  intervenções na realidade. É um instrumento monitoramento de gestão para analisar se o seu objetivo estão sendo alcançados com a política e avaliação como julgamento de resultado, sendo representado por valores. Anda em paralelo com o  monitoramento, para tomada de decisão dos gestores da política, para os ajustes das necessidades com vista aos resultados esperados sejam atingidos.
            A avaliação que expressam valores dos procedimentos de julgamento dos resultados de uma política. Os monitoramentos subsidiarão os gestores em suas decisões para as necessidades dos ajustes para se atingir os objetivos.

Referências:   
RUA, Maria das Graças. Políticas Públicas. 2. Ed. Reimp. – Florianópolis: Departamento de Ciências da Administração/UFSC, 2012.
SARAVIA, Enrique. Introdução à Teoria da Política Pública. In: SARAIA; FERRAREZI, Elizabete (Orgs.) Políticas Públicas: Coletânea Brasília: ENAP, 2006. Disponível em: HTTP://tinyrl.com/ycn2mf5.
FARIA, Carlos Aurélio Pimenta. Idéias, Conhecimento e Políticas Públicas, Um Inventário sucinto das principais vertentes analíticas recentes – Revista Brasileira de Ciências Sociais – Vol 18 nº 51. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rbcsoc/v18n51/15984

FREY, Klaus. Políticas Públicas: Um Debate Conceitual e Reflexões Referentes à Prática da Análise de Políticas Públicas no Brasil, nº 21- jun de 2000. Disponível em: http://www.ufpa.br/epdir/images/docs/paper21.pdf

Tópico 2


Unidade II - O Ciclo das Políticas Públicas

AD2

1)      Diferencie “estado de coisas” de “problema político” dando exemplos das duas situações (valor-5pontos)

            A diferença principal entre esses dois contextos é que no problema político consiste em uma demanda recorrente ou nova, que se caracteriza como problema político e entra em uma listagem de prioridades, onde os governos devem dedicar suas energias e atenções, os atores lutam arduamente para incluir as questões de interesse na agenda política, ou seja, problema que um governo específico resolveu tratar, como a desigualdade social, a violência, a violência, a degradação ambiental e o desenvolvimento econômico e social.
            No estado de coisa, as demandas são reprimidas, também podem ser conhecidas como decisões, ou seja são situações que se arrastam durante um tempo razoável ou longo, incomodando e gerando insatisfação sem, entretanto chegar a mobilizar as autoridades governamentais, para serem incluídas como item da agenda governamental, como exemplo cito as questões de gênero e a devastação ambiental.

                                                                                                                                                    
2)      Discorra sobre os modelos de análise no processo de decisão política. (valor-5pontos)

            Uma decisão é uma escolha entre alternativas e possibilidades, são tomadas para resolver problemas ou aproveitar oportunidades, através da sequência de etapas que vai da identificação do problema até a escolha e colocação em prática de uma ação ou solução.
            Em nossas vidas cotidianas tomamos decisões o tempo todo, mas quando estamos abordando decisões dentro de um contexto político, necessitamos de ferramentas certas para soluções de problemas mais complexos, mas o ponto de tomada de decisão é muito importante, necessita de estudo e os seus principais pontos são: identificação do problema, diagnóstico da situação, desenvolvimento de alternativas e escolha das melhores alternativas.
            No modelo de política racional tem por base a idéia do “mercado de concorrência perfeita” só que ela não existe no mundo real, pois o processo carrega ambigüidades, mostrando-se como um campo de interesses cruzados, diversificados e até conflitantes, composto por indivíduos que possuem interesses próprios, diferenciados, fragmentados e que calculam politicamente  contando com o lado pessoal, circunstancial e de longo prazo.
            Para o modelo organizacional o desprendimento do problema da racionalidade absoluta e abstrata, forneceu solução para o fato da não entidade utilitária entre o governo e o Estado. Supõe que Estado e governo são constelações que possuem autonomia com culturas organizacionais próprias em seus valores, projetos políticos, ambições financeiros, humanos e tecnológicos. Funcionando através de rotinas para o alcance dos seus objetivos e a realização d missão. Os atores políticos são agentes, o poder é dividido e os problemas percebidos conforme o ponto de vista e a sua interpretação. A dificuldade nesta abordagem se refere pela barganha e negociação, ignorando o jogo político.
            No modelo da política burocrática, a rejeição da idéia da racionalidade linear se baseia pelo fato de que diversos atores colocam linhas cruzadas entre diferentes políticas. O crucial é definir qual é o interesse m jogo para cada ator envolvido. Nesse jogo, as vantagens podem ser individuais, coletivas, organizacionais entre outras, fazendo alianças, utilizando de variadas estratégias e recursos. Admite vários tipos de atores e o que faz o movimento do jogo do poder não é a lógica de ação, nem as rotinas organizacionais, nem a excelência técnica das alternativas, mas o poder e as habilidades políticas dos atores para negociar e barganhar até obter, para um problema político, a solução que seja mais conveniente aos seus interesses.


3)      Diferencie eficiência, eficácia e efetividade chamando atenção para as características de cada um dos conceitos (5pontos)

            Os três E’s está ligado no significado dos processos e suas em suas relações nos sistema das organizações.
            A eficácia está voltada para o produto, consiste em fazer a coisa certa (não necessariamente da maneira correta) para o resultado. Um exemplo é o jogo de futebol, onde um time ganha a partida através de um pênalti roubado, ou seja, conseguiu atingir o objetivo, que era vencer, mas não quer dizer que tenha utilizado a maneira correta. Assim, está relacionada ao grau para atingir o objetivo. Se desejarmos fazer algo e temos êxito nesse projeto somos eficazes. Dessa forma evidencia o cumprimento da missão de chegar ao resultado desejado.
            A eficiência está relacionada no como fazemos, no caminho, no método. Está na economia, o menor consumo de recursos dado um determinado grau de eficácia, relaciona-se com a maneira pela qual fazemos as coisas, ou seja, é a metodologia de concepção.
            A efetividade ressalta o impacto, na medida em que o resultado almejado (e concretizado) mudou.

4)      Dê exemplos de uma política eficiente, uma eficaz e uma efetiva, justifique porque se enquadra no conceito. (valor-5pontos)

            Não é uma tarefa fácil exemplificar os 3 E’s. Talvez seja mais simples diferenciá-los através dos conceitos, mas quando a questão e exemplificar os mesmos se confundem nesse processo. Bom, vamos ver se consigo através do exemplo abaixo, traduzir a questão.
            Numa Política na área da Educação de um determinado município,  para a implantação de escolas com horário integral, com o objetivo de melhorar seu IDEB e ultrapassar o índice Nacional até o final de seu mandato.       Tem que se considerar como política eficiente a construção de X escolas para atender a toda a população educacional da localidade., fazendo a tarefa, utilizando os  recursos e relacionando ao modo de se fazer a construção de escolas.
            Como política eficaz será analisado se para a tarefa de se construir as escolas, foram utilizados os melhores recursos, da melhor maneira e com  o menor custo, de maneira correta, atingindo os resultados e metas, relacionadas aos fins.
            A efetividade se mostrará através da análise do IDEB e se conseguiu ultrapassar a média nacional. Considerando quando um produto final foi percebido pelo usuário como satisfatório.
            No passado, o atendimento do Serviço Público na administração, não tinha preocupação com o cidadão e com o atendimento de suas necessidades, preocupava-se apenas com os procedimentos internos (com os meios) e consigo mesma, e dava pouca  importância aos resultados efetivos. Para a administração o cidadão era visto apenas como alguém que pagava impostos.
            O termo cliente tem origem no setor privado e influencia fortemente a reforma do Estado. A insatisfação do cliente-usuário com os serviços públicos era notória. Os serviços prestados eram considerados ineficientes, caros e de pouco valor para o usuário. No meio público o conceito “de foco no cidadão” é mais apropriado do que “foco no cliente”, visto que os princípios constitucionais como eficiência devem atender primeiro aos valores democráticos (normas legais, lealdade, imparcialidade, equidade e justiça), além disso, a atuação da comunidade.
            O sentido democrático apregoa maior participação do cidadão ao meio público; orienta a atuação do Estado para o atendimento dos usuários e proporcionam maior transparência nas decisões, ações e relação do Estado com o cidadão e com a sociedade.

           
Referências:   
RUA, Maria das Graças. Políticas Públicas. 2. Ed. Reimp. – Florianópolis: Departamento de Ciências da Administração/UFSC, 2012.
MARINHO, Alexandre. FAÇANHA, Luis Otávio. PROGRAMAS SOCIAIS: EFETIVIDADE, EFICIÊNCIA E EFICÁCIA COMO DIMENSÕES OPERACIONAIS DA AVALIAÇÃO Rio de Janeiro, abril de 2001. Disponível em: http://www.ufjf.br/especializacaofisioto/files/2010/03/efetividade-efici%C3%AAncia-e-efic%C3%A1cia-em-programas-sociais.pdf

SCANDELAI, Aline Linares de Oliveira1 POLÍTICA NACIONAL DE EDUCAÇÃO: EFICAZ, EFICIENTE E EFETIVA?” 1 Faculdades Integradas Antonio Eufrásio de Toledo de Presidente Prudente/SP. Disponível em: http://www.uniesp.edu.br/revista/revista13/pdf/artigos/03.pdf